sexta-feira, 11 de julho de 2014

A primeira pergunta que podemos fazer é: O que é analytics? Em linhas gerais, é empregar técnicas estatísticas, matemáticas e conhecimentos de programação e pesquisa para análise de dados, com objetivo de descobrir e estudar padrões que sejam úteis para predição, segmentação, descrição ou classificação de informações. Não temos como pensar hoje em um mundo sem analytics. Seu uso tem sido o diferencial competitivo de empresas para prover produtos e serviços que realmente atendam às necessidades de seus clientes, internos ou externos, e que sejam úteis para toda a sociedade. Encontramos seu uso em otimização de campanhas de marketing, redução de custos, otimização de rotas, análise de risco, precificação de ativos e análise de portfólios. Ou seja, analytics está intimamente relacionado com nossa habilidade em manipular dados para geração de ideias que permitam auxiliar a tomada de decisão, independentemente do negócio em questão.

Empresas como Amazon, IBM ou Google lideram a alguns anos o desenvolvimento de técnicas para análises de dados. Mas, seu uso não é restrito às empresas de tecnologia. Grandes bancos como Itaú-Unibanco e Bank of America, redes varejistas como Wall Mart e o Grupo Pão de Açúcar e empresas de diversos segmentos possuem como elemento chave o uso de analytics no momento de tomada de decisão em seus negócios. Todo este processo de descobrir conhecimento utilizando bases de dados (do inglês KDD - Knowledge Discovery in Databases) é conhecido como mineração de dados (Data Mining). Ou seja, “fazer Analytics” é minerar o conhecimento contido nas diversas bases de dados.



Instintivamente pensamos que os dados são geralmente numéricos e estruturados (organizados em tabelas, com linhas e colunas bem definidas). Entretanto, mais de 80% dos dados disponíveis no mundo estão em um formato não definido, não estruturado. Não haveria melhor exemplo do que este post que você lê no momento. E qual é o seu elemento principal? Sim, o texto. Assim, nada mais justo que pensarmos em uma forma de extrair conhecimento, realizar a descoberta de padrões fazendo uma mineração de textos. A grande vantagem desta técnica é conseguir extrair informações sem uma leitura prévia dos textos, geralmente extensos ou, no caso do Twitter, pequenos mas encontrados em milhares ou milhões.
O uso desta técnica de analytics está associado à classificação de SPAM em serviços de e-mails, à análise de sentimento de publicações em redes sociais, detecção de fraudes, criação de variáveis para modelos preditivos, classificação de documentos, dentre inúmeras outras aplicações. A mineração de texto é tão relevante que a Inglaterra fundou o The National Centre for Text Mining (NaCTeM), o primeiro centro de mineração de textos do mundo, administrado pela Universidade de Manchester.


A Sears, gigante do varejo dos Estados Unidos, as gigantes de tecnologia Amazon, Google, Facebook e Twitter, e até mesmo o partido democrata de Barack Obama utilizam a mineração de textos como técnica para gerar insights e diferenciais competitivos para garantir suas posições de líderes no mercado.

Vai ficar de fora?

Um abraço e até o próximo post!

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